Redes estruturadas: a base de qualquer edifício moderno

Num contexto em que sistemas de videovigilância, comunicações, controlo de acessos e equipamentos dependem de uma conectividade fiável, as redes estruturadas deixaram de ser um extra para passarem a constituir um requisito de projeto. Este artigo faz uma descrição geral sobre redes estruturadas, abordando a sua composição, os seus elementos principais, critérios para a seleção dos cabos de dados, e boas práticas que podem reduzir custos e trabalhos adicionais a longo prazo.

20 outubro 2025
Redes estruturadas: a base de qualquer edifício moderno
O que são redes estruturadas?

Uma rede estruturada é uma infraestrutura organizada e hierarquizada, com a função de suportar serviços de comunicação (dados, voz, vídeo) de uma forma centralizada. Em vez de várias soluções pontuais e cablagem dispersa, as redes estruturadas obedecem a princípios de topologia, terminação e etiquetagem que facilitam a gestão, a manutenção e potenciais ampliações no futuro.

O projeto e a instalação de redes de dados em edifícios são atividades reguladas por normas internacionais, que também influenciam as diretrizes especificas adotadas em Portugal.

Em Portugal, a autoridade reguladora das comunicações eletrónicas é a ANACOM, que aprova e publica os manuais ITED/ITUR, onde estão definidas as prescrições e recomendações para a implementação das infraestruturas de telecomunicações em edifícios e urbanizações. 
Componentes de uma rede estruturada

Numa instalação típica podemos encontrar os seguintes elementos:
  • Bastidor: Armário com porta e fecho, com características modulares facilmente referenciáveis, que permite o alojamento de dispositivos e a gestão das telecomunicações.
  • Cablagem ou Redes de Cabos: Pode estar presente em três tecnologias de cabos: pares de cobre (PC), coaxial (CC) e fibra ótica (FO).
  • Painéis de Interligação (Patch Panels): Dispositivos destinados ao agrupamento e interligação de equipamentos ou tomadas por intermédio de chicotes de interligação.
  • Chicotes de Interligação (Patch Cords) e Conectores: Permitem estabelecer ligações num painel.
  • Equipamento Ativo: Modems, routers, switches, hubs, gateways, entre outros.
  • PDU’s: Réguas de tomadas para fornecimento de energia elétrica.
  • Acessórios: Kits de ventilação, rodas, painéis passa-fios, organizadores de cabos, prateleiras, entre outros.
Seleção dos cabos: critérios a ter em conta

A escolha do cabo depende de alguns fatores como a largura de banda exigida, as distâncias de ligação, a resistência à interferência eletromagnética, os requisitos de segurança/resistência ao fogo, entre outros.
  • Cat.6: Este cabo foi introduzido para proporcionar uma maior fiabilidade operacional e um melhor desempenho em relação à categoria 5e. Uma opção equilibrada em termos de custo e desempenho.
  • Cat.6A: Recomendado quando se pretende uma maior velocidade de transmissão ou uma maior imunidade a interferências. Está disponível em versões blindadas para ambientes com ruído eletromagnético.
  • Cat.7: Apesar de não ser oficialmente reconhecida por organizações como a EIA ou TIA, esta categoria oferece uma blindagem mais robusta e uma frequência superior à Cat6A. É uma opção a considerar em ambientes industriais ou quando se pretende maior largura de banda.
  • Cat.8: Concebido para ligações curtas e de muito alta velocidade. Tipicamente usado em cenários de data-centre.
  • Fibra ótica: Multimodo – utilizada em redes locais e data centers, ou Monomodo – utilizada em backbone entre pisos e edifícios, quando as distâncias excedem os limites do cobre. É imune a interferências eletromagnéticas.
  • Coaxial: Continua relevante em contexto de distribuição de TV, sendo durável e fácil de instalar.
Boas práticas de instalação

As boas práticas para a instalação de redes estruturadas incluem planeamento cuidadoso, utilização de materiais de qualidade e o respeito por normas técnicas. 
  1. Planear antecipadamente: Devem ser definidas a(s) sala(s) técnica(s), os pontos de terminação e os trajetos de passagem. Não esquecer de reservar espaço para futuras expansões.
  2. Definir o Layout: Mapear a localização dos equipamentos, os pontos de acesso e as passagens dos cabos. Identificar onde colocar os armários de piso/andar.
  3. Fazer uma escolha correta do equipamento: Devem ser utilizados materiais de qualidade para garantir a durabilidade e o desempenho da infraestrutura.
  4. Ter cuidado no manuseamento dos cabos: Deve ser respeitado o raio de curvatura e os limites de tração indicados pelo fabricante. Evitar dobras apertadas, nós ou torções.
  5. Fazer uma gestão organizada da cablagem: Utilizar acessórios como painéis guia e organizadores verticais/horizontais para manter os cabos arrumados.
  6. Utilizar a terminação correta: As terminações de cabo devem ser feitas com ferramentas apropriadas e componentes compatíveis. Usar conectores e painéis de ligação certificados para a mesma categoria e seguir as instruções do fabricante. 
Conclusão

Uma rede estruturada bem concebida e mantida assegura fiabilidade, escalabilidade e redução dos custos operacionais. Para tal, é importante escolher componentes adequados de fabricantes reconhecidos, experientes e certificados.

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